quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Antes do juízo, a evangelização ( Apocalipse 14.6,7)



Os primeiros cinco versículos deste capítulo 14 do livro de apocalipse mostram a maravilhosa situação dos redimidos no céu, diante do trono, louvando o que nele está sentado e ao Cordeiro. Cântico exclusivo dos redimidos, “comprados da terra” e que tem o selo de Deus na fronte. Essa música forte (como muitas águas, trovão), entoada por todos os santos de todos os tempos e todos os lugares. Ao mesmo tempo esse louvor é suave, harmonioso (como os harpistas quando tangem as suas harpas). Essa é a realidade celeste quando o número dos redimidos for completado.  Antes disso, porém, como relatam os versículos 6 e 7, o “evangelho eterno” é pregado. Trata-se das boas novas de vitória para todos aqueles que, arrependendo-se dos seus pecados, confiam inteiramente da graça de Deus em Cristo, o Cordeiro, comprometendo-se inteiramente como seus verdadeiros adoradores. Estes estarão entre os “cento e quarenta e quatro mil” (número simbólico dos redimidos, como vimos no estudo anterior) que adorarão eternamente ao Senhor nos céus. Quem habita a casa de Deus agora, habitará nela eternamente.  Esse anjo (mensageiro) que voa “pelo meio do céu’ representa os mensageiros de Deus, que conclamam os homens ao arrependimento e á fé salvadora.
            A quem é pregado o Evangelho? “Aos que se assentam sobre a terra”. William Hendriksen, no seu livro “Mais que Vencedores”, afirma que essa expressão indica o comportamento dos ouvintes da pregação. Muitos estão displicentes “assentados sobre a terra”, alheios às maravilhas reservadas aos que servem a Deus e, por outro lado, a terrível situação dos que permanecem na indiferença, no pecado. Esse detalhe nos faz lembrar a expressão do profeta Sofonias referente aos que sucumbirão diante do justo juiz: “não buscam a Deus, nem perguntam com ele” (Sofonias 1.6). Essa realidade é também anunciada pelo próprio Senhor Jesus quando compara os ouvintes do Evangelho aos contemporâneos de Noé ( Lucas 17.26-37) que levavam a vida sem se importar com o juízo anunciado e só se deram conta da sua seriedade quando já era tarde demais: a porta da arca já havia sido fechada. Pereceram no dilúvio.  Essa é a advertência que devemos fazer aos que se encontram tranqüilamente “assentados”, desatentos quanto às suas necessidades espirituais. Devemos alertá-los: o juízo de Deus está próximo e só Jesus pode nos livrar da ira vindoura (1 Tessalonicenses 1.10).
Esse “evangelho eterno” é pregado “a cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Bendito seja Deus que, segundo a sua infinita graça, escolheu para si pessoas de todo mundo. Ele cumpriu a promessa feita a Abraão (Genesis 12. 3). A proclamação é universal (Mateus 28.18-20; Atos 1.8). No final, Deus será glorificado com a salvação do seu povo de todos os lugares (Apocalipse 5.9). É certo também, pelo ensino de toda a Escritura, que muitos daqueles que ouvirão o Evangelho permanecerão desapercebidos “assentados”, sendo surpreendidos pelo juízo de Deus. O grande desafio é que sejamos mensageiros obedientes, anunciando a Palavra a todos os povos. Para isso devemos nos envolver com as missões mundiais. Podemos ser instrumentos de evangelização aos de perto e aos de longe. Oração, apoio aos mensageiros de Deus, contribuição financeira e anúncio pessoal são  formas que temos para evangelizar o mundo.
Qual é o conteúdo do Evangelho a ser pregado? “Temei a Deus e dai-lhe glória”. Os mensageiros fiéis convocam os homens ao temor do Senhor que é o princípio da sabedoria (Provérbios 1.7). É nesse temor, respeito profundo por Deus, por sua santa vontade revelada nas Escrituras, que encontramos a sabedoria suprema. Aquela que é útil para a vida presente, mas também para a eternidade (2 Timóteo 3.14-17). Com esse chamado, procuramos despertar os que estão “assentados”, displicentes, para que acordem para a grandeza de Deus e para o nosso dever de respeitá-lo como nosso Senhor (Salmo 24.1; 100.3; Romanos 11.36). “Qual o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” (Breve Catecismo de Westminster, pergunta/resposta nº. 1). Ao evangelizar, a Igreja chama o pecador ao arrependimento para que volte-se para a finalidade principal da sua existência: “Temei a Deus e dai-lhe glória”.
Evangelizar é recrutar adoradores para Deus (João 4.24). Por isso mesmo devemos ser zelosos quanto ao ato de adorar, pois se ajuntamos os pecadores arrependidos e não os conduzimos à adoração nos moldes estabelecidos por Deus, na sua Palavra, a nossa obra não será completa. Pior, poderá ser até ofensiva, deturpadora da ordem celeste. Apocalipse 14.7 completa: “adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Essa ordem evangélica pressupõe a rejeição a qualquer outro objeto de adoração que não seja o Criador dos céus e da terra. É demonstrada aos leitores originais do Apocalipse, a impertinência da adoração ao imperador de Roma. Fica demonstrado a todos os cristãos de todas as épocas que os homens devem ser alertados quanto a todo falso culto (para que não levem na mão e na fronte a marca da besta que emerge da terra, cf. Apocalipse 13. 11-18). Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro, criador dos céus e da terra. Só ele é digno da nossa adoração. Adorar outros deuses provoca a sua ira (Sofonias 1.1-5), mas simplesmente deixar de adorá-lo também é causa do seu juízo (Sofonias 1.6).
Na nossa mensagem evangelística não pode faltar a advertência: “pois é chagada a hora do seu juízo” (Apocalipse 14.7). O dia do juízo será um dia de alegria (boa notícia!), mas também um dia de terror (Malaquias 3.13-4.6). Alegria para os redimidos que se apresentarão diante do trono e do Cordeiro. Terror para os que permaneceram distante de Deus, indiferentes, desrespeitosos, vivendo segundo as suas própria inclinações e pensamentos. Portanto, atendamos todos ao chamado do Evangelho e sejamos adoradores dedicados, reverentes, reconhecendo o poder do Criador e sustentador de todas as coisas (Romanos 1.18-25)!
Que a graça do Senhor seja sobre nós!


(Estudo bíblico ministrado pelo Rev. José Normando Gonçalves Meira no dia 24.11.2011(Quinta-feira) na Congregação Presbiteriana do Bairro de Lourdes, em Montes Claros - MG, como parte da exposição do livro do Apocalipse).

3 comentários:

António Ja Batalha disse...

Ao passar encontrei seu blog, li algumas coisas e fiquei ciente de que o autor é um vaso nas mãos de Jesus, creio que é algo importante ser-se rendido e submetido ao serviço do Mestre, é bom encontrar blogs onde o autor não tenha medo de desmascarar o pecado venha ele de onde vier. Sei que ninguém é perfeito, mas o que caminha para a perfeição deixa atrás de si o que impede de ser perfeito.
O motivo do meu contacto é que gostava que pertencesse aos meus amigos e seguidores na Verdade Que Liberta, isto é se o desejar.
Que Deus te abençõe, aguardo o seu contacto. Deixo a paz de Jesus e minhas saudações.

Noemi disse...

Les visito de El Salvador Centroamerica,desde mi blog www.creeenjesusyserassalvo.blogspot.com
COMPARTO MI TESTIMONIO PARA LA GLORIA DE DIOS.
RECIBAN MUCHISIMAS BENDICIONES DE NUESTRO PADRE CELESTIAL

Unknown disse...

Verdade irmã Noemi

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