Os primeiros cinco
versículos deste capítulo 14 do livro de apocalipse mostram a maravilhosa
situação dos redimidos no céu, diante do trono, louvando o que nele está
sentado e ao Cordeiro. Cântico exclusivo dos redimidos, “comprados da terra” e
que tem o selo de Deus na fronte. Essa música forte (como muitas águas, trovão),
entoada por todos os santos de todos os tempos e todos os lugares. Ao mesmo
tempo esse louvor é suave, harmonioso (como os harpistas quando tangem as suas
harpas). Essa é a realidade celeste quando o número dos redimidos for
completado. Antes disso, porém, como
relatam os versículos 6 e 7, o “evangelho eterno” é pregado. Trata-se das boas
novas de vitória para todos aqueles que, arrependendo-se dos seus pecados,
confiam inteiramente da graça de Deus em Cristo, o Cordeiro, comprometendo-se
inteiramente como seus verdadeiros adoradores. Estes estarão entre os “cento e
quarenta e quatro mil” (número simbólico dos redimidos, como vimos no estudo
anterior) que adorarão eternamente ao Senhor nos céus. Quem habita a casa de
Deus agora, habitará nela eternamente. Esse anjo (mensageiro) que voa “pelo meio do
céu’ representa os mensageiros de Deus, que conclamam os homens ao
arrependimento e á fé salvadora.
A
quem é pregado o Evangelho? “Aos que se assentam sobre a terra”. William
Hendriksen, no seu livro “Mais que Vencedores”, afirma que essa expressão indica
o comportamento dos ouvintes da pregação. Muitos estão displicentes “assentados
sobre a terra”, alheios às maravilhas reservadas aos que servem a Deus e, por
outro lado, a terrível situação dos que permanecem na indiferença, no pecado.
Esse detalhe nos faz lembrar a expressão do profeta Sofonias referente aos que
sucumbirão diante do justo juiz: “não buscam a Deus, nem perguntam com ele” (Sofonias
1.6). Essa realidade é também anunciada pelo próprio Senhor Jesus quando
compara os ouvintes do Evangelho aos contemporâneos de Noé ( Lucas 17.26-37) que
levavam a vida sem se importar com o juízo anunciado e só se deram conta da sua
seriedade quando já era tarde demais: a porta da arca já havia sido fechada.
Pereceram no dilúvio. Essa é a advertência
que devemos fazer aos que se encontram tranqüilamente “assentados”, desatentos
quanto às suas necessidades espirituais. Devemos alertá-los: o juízo de Deus
está próximo e só Jesus pode nos livrar da ira vindoura (1 Tessalonicenses
1.10).
Esse “evangelho eterno” é pregado “a cada nação, e
tribo, e língua, e povo”. Bendito seja Deus que, segundo a sua infinita graça,
escolheu para si pessoas de todo mundo. Ele cumpriu a promessa feita a Abraão (Genesis
12. 3). A proclamação é universal (Mateus 28.18-20; Atos 1.8). No final, Deus será
glorificado com a salvação do seu povo de todos os lugares (Apocalipse 5.9). É
certo também, pelo ensino de toda a Escritura, que muitos daqueles que ouvirão
o Evangelho permanecerão desapercebidos “assentados”, sendo surpreendidos pelo
juízo de Deus. O grande desafio é que sejamos mensageiros obedientes,
anunciando a Palavra a todos os povos. Para isso devemos nos envolver com as
missões mundiais. Podemos ser instrumentos de evangelização aos de perto e aos
de longe. Oração, apoio aos mensageiros de Deus, contribuição financeira e
anúncio pessoal são formas que temos
para evangelizar o mundo.
Qual é o conteúdo do Evangelho a ser pregado? “Temei
a Deus e dai-lhe glória”. Os mensageiros fiéis convocam os homens ao temor do Senhor
que é o princípio da sabedoria (Provérbios 1.7). É nesse temor, respeito
profundo por Deus, por sua santa vontade revelada nas Escrituras, que
encontramos a sabedoria suprema. Aquela que é útil para a vida presente, mas também
para a eternidade (2 Timóteo 3.14-17). Com esse chamado, procuramos despertar
os que estão “assentados”, displicentes, para que acordem para a grandeza de
Deus e para o nosso dever de respeitá-lo como nosso Senhor (Salmo 24.1; 100.3; Romanos
11.36). “Qual o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a
Deus e gozá-lo para sempre” (Breve Catecismo de Westminster, pergunta/resposta
nº. 1). Ao evangelizar, a Igreja chama o pecador ao arrependimento para que
volte-se para a finalidade principal da sua existência: “Temei a Deus e dai-lhe
glória”.
Evangelizar é recrutar adoradores para Deus (João
4.24). Por isso mesmo devemos ser zelosos quanto ao ato de adorar, pois se
ajuntamos os pecadores arrependidos e não os conduzimos à adoração nos moldes
estabelecidos por Deus, na sua Palavra, a nossa obra não será completa. Pior,
poderá ser até ofensiva, deturpadora da ordem celeste. Apocalipse 14.7
completa: “adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das
águas”. Essa ordem evangélica pressupõe a rejeição a qualquer outro objeto de
adoração que não seja o Criador dos céus e da terra. É demonstrada aos leitores
originais do Apocalipse, a impertinência da adoração ao imperador de Roma. Fica
demonstrado a todos os cristãos de todas as épocas que os homens devem ser
alertados quanto a todo falso culto (para que não levem na mão e na fronte a
marca da besta que emerge da terra, cf. Apocalipse 13. 11-18). Há um só Deus, o
Deus vivo e verdadeiro, criador dos céus e da terra. Só ele é digno da nossa adoração.
Adorar outros deuses provoca a sua ira (Sofonias 1.1-5), mas simplesmente
deixar de adorá-lo também é causa do seu juízo (Sofonias 1.6).
Na nossa mensagem evangelística não pode faltar a
advertência: “pois é chagada a hora do seu juízo” (Apocalipse 14.7). O dia do
juízo será um dia de alegria (boa notícia!), mas também um dia de terror
(Malaquias 3.13-4.6). Alegria para os redimidos que se apresentarão diante do
trono e do Cordeiro. Terror para os que permaneceram distante de Deus, indiferentes,
desrespeitosos, vivendo segundo as suas própria inclinações e pensamentos.
Portanto, atendamos todos ao chamado do Evangelho e sejamos adoradores
dedicados, reverentes, reconhecendo o poder do Criador e sustentador de todas
as coisas (Romanos 1.18-25)!
Que a graça do Senhor seja sobre nós!
(Estudo bíblico ministrado pelo Rev. José Normando Gonçalves Meira no dia 24.11.2011(Quinta-feira) na Congregação Presbiteriana do Bairro de Lourdes, em Montes Claros - MG, como parte da exposição do livro do Apocalipse).
(Estudo bíblico ministrado pelo Rev. José Normando Gonçalves Meira no dia 24.11.2011(Quinta-feira) na Congregação Presbiteriana do Bairro de Lourdes, em Montes Claros - MG, como parte da exposição do livro do Apocalipse).
3 comentários:
Ao passar encontrei seu blog, li algumas coisas e fiquei ciente de que o autor é um vaso nas mãos de Jesus, creio que é algo importante ser-se rendido e submetido ao serviço do Mestre, é bom encontrar blogs onde o autor não tenha medo de desmascarar o pecado venha ele de onde vier. Sei que ninguém é perfeito, mas o que caminha para a perfeição deixa atrás de si o que impede de ser perfeito.
O motivo do meu contacto é que gostava que pertencesse aos meus amigos e seguidores na Verdade Que Liberta, isto é se o desejar.
Que Deus te abençõe, aguardo o seu contacto. Deixo a paz de Jesus e minhas saudações.
Les visito de El Salvador Centroamerica,desde mi blog www.creeenjesusyserassalvo.blogspot.com
COMPARTO MI TESTIMONIO PARA LA GLORIA DE DIOS.
RECIBAN MUCHISIMAS BENDICIONES DE NUESTRO PADRE CELESTIAL
Verdade irmã Noemi
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